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UMA OBRA DE FICÇÃO ESCRITA A QUATRO MÃOS
 
Uma única história sobre dois personagens escrita por dois autores, simultaneamente, sem enredo e sem roteiro.

As regras:
1. Nada é combinado.
2. Um autor só escreve após um post do outro.

Naturalmente, comece pelo post mais antigo.
 
Odeio feriados. O motivo é simples: todos viajam, menos eu. E isso já tem 8 anos. Oito anos... putz. Acho ridículo quando alguém diz que "o tempo passa depressa". Claro que o tempo não passa depressa, nem devagar. Acontece que, acostumados com a rotina, paramos de contar os dias, as semanas, os anos. Enfim, o que importa é que, há oito anos, um rapaz de vinte e poucos e cavanhaque adentrou a porta amarela com escotilha de vidro - que hoje é preta - com um curriculum nas mãos implorando um estágio aqui na "Sintonia predileta". Maldita hora!

Ao menos choveu. Assim, minha consciência me deixou em paz enquanto namorava a janela molhada, tomando meu whisky favorito ao som de Frank Sinatra. Foi assim até sábado à noite, quando o Fred chegou, para minha surpresa, acompanhado da Taís. Trouxeram Cães de Aluguel pra gente assistir pela enésima vez. Bela pedida!

Domingo estive com o Marcelo. Assim que chegou de viagem me ligou praquela sinuca. O assunto de pauta foi inevitável: Marcelo chamou mesmo a Nana, mas não pela presença dela. Ele queria rever a "bailarina", amiga da Nana, que conheceu por acaso na manhã de Halloween. Tá bom, boa desculpa, ótima causa. Além do mais, tenho que parar com essa de evitar a presença da Nana - coisa que parece inevitável. Fechamos o Bola Preta, pra variar. Bêbados, pra variar.

*

Volto do banheiro e encontro o pacote da fotógrafa sobre a mesa com um post-it do Dalton: "NEGADO. Responde o cara". Porque eu acho que ele nem abriu?
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