O mundo não é maior que a minha cabeça. Cerveja, Sangria, Gin Tônica e um copo de "Vai nessa" que o Fred disse ter preparado especialmente pra mim. O Fred é um cara sensível. Sei que fez na melhor das intenções, depois de duas tentativas frustradas de me levar da sacada de volta pra festa. A noite na sacada não estava nos planos, mas foi o lugar que me coube depois de ver a Nana na festa. O Marcelo me paga, ainda não falamos a respeito. Diaba! A Nana foi de diaba! Com tanta fantasia no mundo! Só acontece com o Nêgo, diria o Marcelo. Por conta disso tive que aturar piadinhas de gente que nunca me viu na vida. O anjo já viu a capetinha? Tendo em vista os quase 1,90 de altura e as coisas que só ela é capaz de fazer, o diminutivo é uma bondade.
No final da noite o Fred veio me dizer que devia ter entrado. Eu disse que era pela Nana. Ele disse que tinha coisa melhor pra fazer lá dentro, como, por exemplo, conhecer a amiga da Nana. A garota parece ter feito sucesso, o Marcelo também me falou da tal bailarina. Não importa, eu me virei bem na companhia da minha carteira de cigarros.
*
Antes que me assentasse Dalton atirou um pacote sobre a mesa - Chegou pra você ontem no fim do dia. O barulho que fez tá ecoando no meu cérebro há meia hora. Vou tomar outra Coca-Cola enquanto penso na programação de hoje. Vou tocar Elton John só porque a Nana não gosta: Tiny Dancer. Será que alguém escuta a droga do meu programa?
|
|